sábado, 19 de janeiro de 2008

a exaustão das palavras (e a falta delas)

após o dia exaustivo de compras de ontem, eu pensei que não teria coragem nem de levantar da cama esta manhã. mas tive, e até usei minha bolsa nova (aquela de couro de jacaré que te mostrei) pra sair com o arnon. quer saber como foi? bom, te conto mais tarde, ainda não conectei e tal.. resolvi escrever aqui antes de entrar no msn, espero que tu goste. fiz bem no teu estilo: expontâneo. não vou nem revisar depois que acabar, pra não desistir de postar.

ahh john, precisamos conversar. não só sobre meus problemas amorosos, mas sobre tudo. a nossa amizade, nossas prioridades e a vida alheia... haha, tô brincando. é sério (que contradição), ainda tô me sentindo sozinha, aquela solidão que não pode ser preenchida por ninguém além do melhor amigo. vivo na espera de que o dia em que vamos nos ver chegue logo. te amo.
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eu tô estranha, apesar de essa não ser bem a palavra certa. provavelmente é a culpa que tá me corroendo por dentro, mesmo que eu não tenha sido a única que errou. o meu orgulho me impede de te ligar, me impede até de conectar o msn e não te encontrar, e se encontrar, não saber o que falar. o orgulho e o medo imperam dentro de mim e simplesmente não sei o que fazer.. o medo de não superar tudo, o medo de te perder.

as coisas não acontecem sempre como planejamos e tentar controlar o mundo é apenas uma tentativa frustrada de tentar ser maior do que o próprio destino. eu sei, eu sei, tô tão chichê. mas é que essa é a única maneira que conheço de tentar ser sincera sem me ferir.

a gente não merecia estar passando por todas essas coisas, mas mesmo assim, não podemos evitar. agora estamos diante de uma escolha vital: perecer ou lutar. você sabe tão bem quanto eu o que significa cada uma dessas coisas. e se o amor for grande demais para sobreviver em uma memória curta, ele simplesmente não é suficiente. e se não for o bastante, não vale a pena.

não posso falar por você ou tomar suas decisões, tudo o que digo agora vale apenas pra mim. eu tô com aquela coisa na garganta que você conhece tão bem, a tristeza tá me consumindo completamente e o chão é feito de pregos. dói caminhar longe de você. e não tem que ser assim, nós temos que nos impor e aprendermos a ser os donos de nossas próprias histórias, caso contrário, seremos eternamente subjugados por nossos erros e medos. e eu não quero isso pra gente..

minha vida sem você não funciona mais, eu programei meu relógio biológico pra bater com o teu, mudei minha rota e reordenei minhas prioridades, abri mão do meu ego e fiz as tuas vontades. e tudo isso por livre e expontânea iniciativa. quando você não tá por perto, sinto falta do teu cheiro e do jeito que você me abraça.. dá saudade da tua voz e da tua intensidade, tudo em ti empolga, incita e longe de ti, nada tem muita graça.

hoje você me disse que quando estamos apaixonados, até a nossa expressão se altera. apesar de tu não ter percebido, quando você tá por perto eu pareço uma otária na frente do seu sonho de consumo. é como se eu estivesse sempre a ponto de chorar, porque meus olhos idiotas ficam brilhando. sei que demorei pra admitir certas coisas e não dei o devido valor que tu mereceu muitas vezes, mas até você viu que mudei e tô tentando melhorar, não pra te agradar, mas porque eu sei que vai ser mais fácil viver sem meu orgulho, sem minha grosseria.

meu amor, eu preciso de você. não existe uma razão específica. eu não morreria se ficasse longe de ti, mas sabe, as coisas simplesmente não teriam graça. acordar e dormir sem perspectiva, sem animação. mesmo quando eu nem te conhecia, eu sabia que alguma coisa faltava na minha vida, mas hoje em dia só de ver o teu sorriso (tu sabe qual deles), tudo parece ter valido a pena. tudo o que vivi até hoje, o que sofri, o que berrei.. até o que me fez feliz, tudo me preparou pra ti, e hoje em dia me sinto exatamente no lugar onde eu deveria estar.

então pra quê brigar? não vale a pena, não quando se tem o amor, o respeito e o carinho maiores do que qualquer orgulho. vamos parar com isso então? vai, me perdoa. eu sou um desastre sem você.