terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

As aventuras de Madame Miiim e The Uninvited

[the Uninvited] said:
(Já que a gente faz o que a gente pode(li isso no blog da anika hj), então falemos de amor.
ops, MSN.

[Madame Mim] said:
o amor é uma coisa complicada, e é mais complicada ainda por sua aparente simplicidade. se pensarmos bem, antes de tudo o amor é apenas uma palavra. e monossílaba ainda! quer coisa mas simples? mas ai entra aquele velho dilema shakesperiano apresentado em romeu e julieta e depois reciclado por los hermanos: 'toda rosa é rosa porque assim ela é chamada'. o amor, em outra denominação, não
continuaria sendo amor? ok, tô confusa. vez do john x)

[The Uninvited] said:
definir essa' monissilaba' ainda não está aos meus alcances. Por isso me arrisquei da primeira vez, pra saber o
que seria amar'. Descobri então que o maior amor é o próprio. Mas eu só tomei essa (calma ai, vou sair do msn, m___ tah um cu)

[Madame Mim] said:
okkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
[The Uninvited] said:

sair não, ficar off
=P
[Madame Mim] said:

still alive?
asmamsçlammaçlaa
[The Uninvited] said:

enfim, só tomei essa decisão depois de ter passado pelos 3 estágios acho que gerais do 'amor'...
-caraca
-fala comigo merda
[Madame Mim] said:

nossa
q delicada
aj´pakopja
[The Uninvited] said:

hum
bloqueei
[Madame Mim] said:

kska´paa
vai continuar? *.*
[The Uninvited] said:

não sei escrever sob pressão...
=\
quer saber, FODA-SE
continuando...
que pra mim são o céu, terra e inferno. Mas pra alguns ainda se tem o purgatório. Céu pq é quando td está azul, época das descobertas, terra já é o cotidiano, vc já conhece aquela pessoa, e inferno são as brigas constantes, e o quase-término. purgatório é a conversa sobre o relacionamento, nem todos tem isso mesmo, mas fica melhor definir falando de experiências pessoais. fora que também te
ajuda a melhorar como pessoa corrigindo possíveis erros. chamo isso de reavaliação de perspectivas
=P
droga, fotos bloqueadas=\
[Madame Mim] said:

creio que a análise do john tá corretíssima, tirando o fato de que ele acredita em correção de erros. eu sou cética nesse sentido: as pessoas não mudam. querendo ou não, elas acabam se acomodando, elas preferem abrir mão do amor do que da vida normal que levam.. mudar é sempre tão difícil. quer saber? eu tô ouvindo cazuza e tô me sentindo péssima.. porque parece que ele escreveu tudo isso pra mim.
[The Uninvited] said:

escovar os dentes. já volto 5min.
[Madame Mim] said:

me identifico com cada frase, cada ironia.. e isso não me deixa melhor. o amor não glorifica, não perdoa, não esquece. e se alguém diz o contrário, espero que me prove.. porque o amor de verdade parece inalcançável pra mim. mesmo que eu lute contra tudo e todos, contra a correnteza e os inimigos, parece que nada vale a pena, nem as lutas nem os sorrisos..
hoje de tarde eu pensei que tudo estava bem, e agora quebro a cara mais uma vez.. faz parte desse constante aprendizado que chamam de vida.. e pra ser bem sincera, eu reconheço que tudo o que falei no último parágrafo foi uma grande besteira: foda-se o sofrimento e as crises. compensa. voltando ao papo das fases do amor, creio que eh melhor conhecer o céu e o inferno do que passar a vida toda no
purgatorio. foda-se a tristeza, poder ver um filme no domingo com o namorado vale por uma semana de lagrimas.
[The Uninvited] said:

é certo, mas eu não falei em mudanças. As pessoas de mais proximidade sabem que sou cético em adotar uma política de vida em acreditar que as pessoas não mudam, melhoram, pioram ou continuam a persistir na mesma merda. Quer dizer, o fato de melhorar não está ligado a mudança, e sim a um acréscimo de ideologias, por exemplo, dando o meu primeiro e último relacionamento amoroso: Eu era totalmente
pacífico, e no fim pude perceber isso como sendo um erro para mim; para o meu bem estar. Então decidi com muitos sacrifícios acreditar que eu tenho potencial e passei a me amar mais. Mas eu mudei?? não, digo que melhorei. Amor deveria ter entre colchetes no dicionário palavra complicado. Por mais que saibas que é difícil o convívio a dois, é fato a vontade que sinto de ter isso de novo, ou
primeiramente.
Acho que resumistes tudo ao dizer que preferes um filme no domingo com teu namorado, pois vale uma semana de lágrimas.
Porque noventa e nove por cento das músicas falam de amor??
a gente sabe que a dor é inevitável mas insiste em querer eternizar o céu. Será um ramo do masoquismo??
ou só a inocência de acreditar que o amanhã poderá ser melhor pros dois?
[Madame Mim] said:

vale. mas não sempre.. e depende do namorado, mas essa eh outra questão. o cazuza tem uma frase que eu adoro: 'o amor na prática é sempre ao contrário'. acho que isso ajuda muito, se for bem interpretado. o amor não é o tipo de coisa com opiniões pré-concebidas..
[The Uninvited] said:

(ignora os erros absurdos de gramática, é q tô pensando em várias coisas ao mesmo tempo)
basta só a criatura entende o que ele disse. Acho que por isso foi inventado o pagode.
hauhuahua
as letras são bem óbvias.
[Madame Mim] said:

ajspjaopaja.. pagode é, sei lá. homônimo? não, não é, mas fiquei com vontade de usar a palavra.. amar, como diz uma música, se resume em 'abanar o rabo, lamber e dar a pata'. e assim eu sigo, sem idéia do que vai acontecer amanhã, mas esperando que dê tudo certo..
[The Uninvited] said:

pagode é a cultura para os pobres de intelecto. Como se fosse um 'bolsa família'
huahua
para que não fiquem a margem. sabe né, não se pode viver sem cultura.
___________
Daí por entre o bate papo filosófico-virtual, anika foi tomada pelo blues do iniciante e eu aqui continuei a pensar sobre o amor. Dessa vez sem pôr no papel.

Não pode #)

domingo, 3 de fevereiro de 2008

e eu me agarrava a ela.. porque eu não tinha mais ninguém.

sabe, eu não tô bem. eu acreditava em mim, mas não sei mais nem se eu existo. sem frases de efeito, tô péssima, tô fodida. porque antigamente eu tinha no que acreditar, e agora nem em mim eu acredito. e pelo amor de deus, nada faz sentido..

meu cérebro não funciona da maneira certa.. porque eu me sinto carente.. e eu não tenho razão pra sentir esse tipo de coisa, não tenho razão pra chorar, e mesmo assim, meus olhos estão cheios de lágrimas. e se tô escrevendo aqui nesse momento, é porque quero me entender. tô cansada de aceitar com passividade até mesmo meus próprios pensamentos.

percebeu? nem escrever mais eu consigo. eu não sou mais a anyelle que seria a maior escritora do mundo. eu não sou merecedora nem de ser minha sombra. eu não consigo cumprir minhas promessas e nem me tornar digna das coisas que amo. e não consigo amar direito. eu gostaria de ser, no mínimo, a melhor. mas não consigo nem dormir, quem dirá evoluir.

eu acreditava que poderia mudar, mas no fim, descubro que, assim como todas as outras coisas que eu disse, é apenas mais uma mentira. uma falácia, quem sabe, pra encobrir minha incapacidade. quando se está de coração partido é tão fácil se depreciar. o problema é estar de coração partido sem motivos, o problema é viver da maneira errada. se alimentar de ciúmes, ao invés de comida. e respirar confusão, ao invés de ar.

eu não queria ser assim, mas se eu disser que não foi minha escolha, estarei mentindo. eu larguei minha psicóloga, ignorei meus amigos de verdade, lutei contra meus pais.. eu tô sozinha nessa por causa desse ego gigante. e me sinto perdida. perdida da pior maneira possível, porque nem uma bússula nem o cruzeiro do sul podem me ajudar. eu cavei meu próprio túmulo e não tenho outra escolha, se não deitar nele.

em metáforas baratas, eu não consigo falar nem ficar de boca calada. eu tenho medo, falei coisas que não deveria, errei e pedi perdão, e pedi perdão por coisas que nunca perdoaria. cometi as maiores burradas e reinventei o sentido de contra-senso. eu cheguei no extremo do extremo, e continuei egoísta.

eu tô tão arrependida de ser como eu sou.. e existem tantas outras coisas, tantas coisas que eu não deveria confessar e mesmo assim, não vou ficar calada.. e tantas coisas certas que eu manti em sigilo, tentando usar de um tipo de nobreza que não é propriamente minha, pra impressionar deus ou seja lá quem estivesse observando, satisfazendo a onisciência de alguém que pode nem saber meu nome. mas eu sou assim. eu só sei errar. é meu grande dom, a minha única virtude, o símbolo da minha sabedoria reverenciada porém inexistente. e só existe um nome pra isso, e é um nome que eu odeio: passividade.

e continuo confusa.. a pior parte da confusão é que geralmente, nós mesmos a criamos. é a velha história do túmulo que eu mesma cavei e tal.. o meu erro foi achar que alguém poderia me salvar, foi depositar nas mãos de alguém minha felicidade. isso tá errado. a felicidade deveria ser uma escolha pessoal, não uma condição estabelecida por alguém que não divide o mesmo corpo, a mesma alma..

e tô tão cansada.. só queria que você soubesse que dei o melhor de mim e se errei, realmente não foi minha intenção. tenho meus defeitos e sei que eles são tão insuportáveis.. mas a ponte entre a gente é simplesmente intransponível pra eu dizer que te amo e não sentir tristeza. apesar de eu realmente te amar a tanto tempo que já nem sei te precisar quanto, muito antes de você sequer imaginar que eu existia..

foda-se. você sabe tão bem quanto eu que nada disso faz diferença. mas eu queria que você soubesse como me senti essa noite longe de você.